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O presidente da argentina Fernando De la Rúa negou, em pronunciamento oficial na tarde desta quinta-feira, dia 20, sua renúncia e pediu a união de todos os partidos para um governo de unidade nacional.
Apesar das fortes pressões que vem recebendo para renunciar ao mandato, o presidente declarou que não pretende abandonar o governo. Segundo ele, uma renúncia num momento de crise, como o que está se vivendo, poderia piorar ainda mais a situação do país, comprometendo a sua constitucionalidade. Apesar dos resultados desastrosos de suas políticas econômicas, o presidente garantiu que vai cumprir sua missão até o fim.
– Estou a frente da República e quero proteger o presente e o futuro dos argentinos – disse.
Num discurso dirigido principalmente ao partido Justicialista (principal oposição ao governo), De la Rúa pede que todos os dirigentes assumam as responsabilidades para melhorar a situação da Argentina. O presidente disse que está esperando uma resposta dos justicialistas para uma aliança governamental. Para ele, somente a união entre radicias (governistas), justicialistas e demais facções políticas poderão evitar maiores males para a Argentina e possibilitar a sua recuperação.
De la Rúa anunciou também que Ministério de Economia se dividirá em duas áreas: uma de Fazenda, Finanças e Impostos, a cargo do atual chefe de Gabinete, Chrystian Colombo; e outra de Produção, que será ocupada pelo secretário-geralda Presidência, Nicolás Gallo. O dirigente argentino lembrou que é preciso manter o equilíbrio fiscal, desenvolver a economia regional e incluir o seguro-desemprego no orçamento que ele vai enviar para o Congresso. E afirmou que não admite o "default social", ou seja, a convulsão social, e por isso decretou o estado de sítio.
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