| 15/12/2001 18h10min
Se os ataques norte-americanos à Somália se confirmarem, os Estados Unidos irão encontrar um cenário parecido ao do Afeganistão em solo africano, com um território inóspito, miséria e população oprimida pela guerra civil que já dura uma década. Oficialmente não há confirmação sobre uma nova fase da guerra, mas manobras militares indicam que os estrategistas do Pentágono vêem a Somália como o próximo passo da caçada a terroristas ligados a Osama bin Laden.
Dois helicópteros militares Black Hawk dos EUA já sobrevoaram a praia de Elma’n, a cerca de 30 quilômetros da capital somali, Mogadíscio. O local poderia servir como ponto de desembarque de tropas. Cinco oficiais norte-americanos já estão infiltrados no país para uma missão de espionagem e estariam em contato com um grupo rebelde em Baidoa, a oeste da Capital.
O provável alvo da operação deve ser o Al-Itihaad Al-Islamya, um grupo fundamentalista islâmico que os EUA qualificaram de organização terrorista após os atentados de 11 de setembro. O grupo possui uma rede de bancos e empresas na Somália suspeita de servir de fachada para financiar o terrorismo.
Em 1993 os EUA foram responsáveis por uma desastrada missão humanitária no país africano que envolveu os norte-americanos na guerra civil do país. Soldados das forças especiais travaram batalhas de rua contra as forças de Mohammed Farah Aidid, um senhor da guerra somali. Dois helicópteros norte-americanos foram derrubados e 18 soldados morreram. Os guerrilheiros arrastaram os corpos das vítimas pelas ruas de Mogadíscio.
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