| 23/07/2005 09h42min
Mesmo sem confirmação de data, petistas gaúchos já preparam, em Porto Alegre, uma recepção para o gaúcho Olívio Dutra. A idéia é reunir centenas de militantes no Aeroporto Internacional Salgado Filho. Apesar de Olívio negar que seja candidato ao governo do Estado ou a presidente regional do partido, o movimento já ganha clima de campanha.
– Ainda estamos verificando que tipo de recepção será. E sobre o futuro político, devemos conversar com Olívio. Não há dúvida de que ele é uma referência que sustenta o PT no Estado e até em nível nacional – disse o deputado Tarcísio Zimermann (PT).
O ex-ministro deve passar pelo menos este final de semana em Brasília. Ontem pela manhã, Olívio levou mais de meia hora para fazer o seu último discurso no ministério. Na cerimônia de transmissão de cargo, a equipe o aplaudiu de pé, ressuscitando gritos de guerra dos tempos de campanha.
Além de Olívio, o novo ministro, Márcio Fortes de Almeida, e o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), acompanharam a manifestação. Também estava presente o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Olívio foi o primeiro a discursar. O gaúcho não perdeu a chance de inserir recados em meio ao discurso de balanço:
– O dinheiro público não é propriedade do governante, nem do empresário, nem da autoridade com influência na mídia, mas uma questão de cidadania.
Na sua vez, Fortes, visivelmente constrangido, foi breve. Ex-secretário do Ministério do Desenvolvimento, disse que pretende dar continuidade aos principais projetos em andamento, em especial o dos metrôs. Fortes procurou afastar a idéia de que está ligado ao presidente da Câmara.
Mais cedo, no gabinete oficial, Olívio havia apresentado um relato da situação do ministério a Fortes. Por volta das 12h30min, no segundo andar do prédio, onde funciona o gabinete ministerial, as salas já estavam todas vazias. No gabinete que pertencia a Olívio, os objetos pessoais foram retirados um dia antes, como a cuia com o símbolo do Inter - time do coração do ministro - e as camisetas presenteadas pelos movimentos sociais.
Na saída, Severino deu a última palavra. Ao ser questionado sobre o motivo que levou o PP a recusar o Ministério da Previdência e exigir de Lula o das Cidades – pasta com um orçamento de R$ 15 bilhões –, não hesitou:
– Porque o PP não é burro.
As informações são do jornal Zero Hora.
CAROLINA BAHIA/AGÊNCIA RBSGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.