O senador Maguito Vilela (PMDB-GO) encerrou por volta das 16h o depoimento do ex-presidente dos Correios Airton Lângardo Dipp à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista dos Correios. Respondendo às últimas perguntas de parlamentares, Dipp afirmou que nunca recebeu informações do então ministro das Comunicações, Miro Teixeira, sobre a origem das indicações para cargos dentro da estatal. Dipp afirmou também que, durante sua gestão na presidência dos Correios, não havia rumores de corrupção na empresa.

O ex-presidente afirmou que, durante a comissão especial de licitação para agências de publicidade que atenderiam a ECT, a Secretaria de Comunicação de Governo (Secom) enviou pedido para participar da comissão. Segundo Dipp, ele consultou Miro Teixeira e recebeu a concordância do ministro. Quanto a Sílvio Pereira, ex-secretário geral do PT, Dipp informou que conversou com Sílvio apenas uma ou duas vezes, e nenhuma das conversas teria sido sobre agências de publicidade.

O ex-presidente dos Correios esclareceu também que os pedidos de patrocínios feitos à estatal (patrocínios de eventos culturais, esportivos, etc.) eram selecionados e analisados pela ECT e, os patrocínios aprovados que tinham valor acima de R$ 50 mil, eram enviados para aprovação da Secom. Dipp opinou que acredita ser um procedimento correto, afinal os patrocínios dos Correios contavam com os logotipos da estatal, do Ministério das Comunicações e do governo federal.

As informações são da Agência Senado.