| 06/12/2001 15h07min
O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Thomas Dawson, afirmou nesta quinta-feira que o fundo considerou lamentáveis as retrições ao saques bancários e a dolarização dos depósitos na Argentina. As medidas foram anunciadas no último sábado, dia 1º, pelo presidente Fernando De la Rúa. Cada argentino teria direito a retirar US$ 250 semanalmente das contas nos bancos. Dawson disse, no entanto, que o país não tinha outra alternativa. O porta-voz negou que o FMI tinha negociado com a Argentina uma eventual desvalorização ou dolarização total da economia.
Na noite desta quarta-feira, o ministro da Economia argentino, Domingo Cavallo, anunciou o abrandamento das medidas tomadas no sábado. Foram eliminadas as cotas de limitação de saque nas contas correntes, de US$ 250 por semana. Porém, ficou mantido o limite de saque em US$ 1 mil por mês. Agora, é possível retirar o valor de uma só vez. Os depósitos feitos nas contas bancárias após o dia 1º passaram a ter livre movimentação. Para os argentinos que deixam o país, o limite a ser levado passou para US$ 10 mil, e não mais US$ 1 mil. Cavallo explicou que este montante não pode ser sacado, mas pode ser levado em viagens se estiver guardado fora dos bancos.
Também nesta quarta-feira o FMI condicionou a liberação de US$ 1,26 bilhão à Argentina ao cumprimento da meta de déficit zero. De acordo com nota do FMI, as autoridades argentinas devem cumprir suas metas acertadas para obter o empréstimo. Hoje, o ministro brasileiro da Fazenda, Pedro Malan, afirmou que acredita em um entendimento entre a Argentina e o FMI. Malan disse que o Brasil está confiante na recuperação da Argentina, que é de interesse bilateral.
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