| 05/12/2001 17h49min
Diversas instituições bancárias da Argentina confirmaram, nesta quarta-feira, dia 5 de dezembro, que correntistas estão abrindo novas contas. A medida estaria sendo tomada devido à imposição de limite de saque de US$ 250 semanais e permitiria que as pessoas pudessem retirar valores acima do estipulado pelo governo. O limite foi imposto pelo pacote divulgado pelo ministro da economia argentino, Domingo Cavallo, no último sábado, dia 1º.
Nesta terça-feira, o juiz argentino Martín Silva Garretón deferiu uma cautelar contra as medidas que limitaram as retiradas de fundos depositados nos bancos. A solicitação em juízo foi feito pela deputada da Frente pela Mudança, Alicia Castro. A medida, válida somente para a deputada Alicia, abre precedentes para ações futuras.
O pacote do governo Fernando De la Rúa não garantiu a tranqüilidade do mercado. Hoje o risco-país argentino disparou e bateu o novo recorde de 4.039 pontos-base. No final da manhã, recuou para 3.878 pontos. Analistas atribuem a forte alta à queda no valor dos bônus argentinos nos mercados asiáticos e de Londres. O risco-país, calculado pelo banco J.P. Morgan, mede a confiança dos investidores quanto à capacidade de um país honrar seus compromissos externos. Espcialistas estão cautelosos quanto ao dia 19 de dezembro, uma terça-feira, quando a Argentina precisa honrar US$ 130 milhões apenas para o pagamento de juros de sua dívida pública. A data é esperada com nervosismo e há o medo de um calote argentino.
O mercado acreidta que um socorro do Fundo Monetário Internacional (FMI) pode significar o pagamento dos US$ 130 milhões no dia 19. Mas o fundo pode se negar a desembolsar a parcela de US$ 1,27 bilhão prevista para o país. A decisão do FMI foi motivada pelo anúncio do Ministério da Economia da Argentina de que a arrecadação dos impostos caiu 11,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.
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