| 28/06/2005 18h32min
O policial militar e ex-agente da Agência Brasileira de Investigações (Abin), Jairo Martins, não comparecerá hoje para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) destinada a investigar denúncias de corrupção nos Correios. A informação é do deputado Maurício Rands (PT-PE).
Rands acrescentou que os advogados de Jairo Martins encaminharam um pacto na tarde de hoje para a CPI, informando que o policial militar não recebeu a notificação por escrito de convocação no prazo legal de 48 horas de antecedência. O deputado disse ter checado com os técnicos da comissão a respeito do encaminhamento do ofício de convocação de Jairo Martins, confirmando que todas as diligências ocorreram dentro do prazo legal – isso inclui o pedido para que a Polícia Federal notificasse Martins.
Os depoimentos de hoje na CPMI seriam dados por três pessoas envolvidas diretamente na gravação da fita de vídeo em que o ex-chefe do departamento de Contratação dos Correios, Maurício Marinho, aparece recebendo R$ 3 mil e falando sobre um suposto esquema de corrupção na estatal envolvendo o PTB. O primeiro depoimento foi de Joel Santos Filho – amigo do empresário Arthur Waschek Neto –, que assumiu integralmente a responsabilidade pela gravação e alegou interesses comerciais.
Segundo Washek e Joel Santos Filho, o responsável pelo vazamento da fita de vídeo à revista Veja e também pelo aluguel da maleta utilizada para fazer a gravação foi Jairo Martins.
Maurício Rands explicou que uma nova intimação será feita a Jairo Martins. Se ele for notificado ainda hoje, ele só deverá comparecer à comissão na quinta ou sexta-feira – já que terá de ser cumprido o prazo legal de 48 horas de antecedência da notificação. Segundo Rands, a segunda notificação incluirá o aviso de que, se Martins não comparecer, ele poderá ser conduzido à força pela Polícia Federal à CPMI.
As informações são da Agência Brasil.
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