O convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve sensibilizar os membros do PMDB. O deputado federal Eliseu Padilha voltou a garantir hoje que o partido respeitará a decisão da convenção nacional realizada no ano passado. O parlamentar participou de entrevista no programa Gaúcha Atualidade da Rádio Gaúcha.

– Não há essa hipótese ainda mais agora com o grande número de denúncias de corrupção. Não podemos entrar para dar explicações sobre algo que não participamos – disse o gaúcho, que é vice-presidente da sigla.

Padilha garante que o PMDB acatará as três principais decisões da convenção nacional: não participar do governo, trabalhar com uma candidatura própria à presidência e punir quem desacatar a decisão do partido. Para o deputado, a decisão não menospreza o convite do presidente e não significa o fim da governabilidade.

Uma eventual aliança nacional não modificaria a situação política do Rio Grande do Sul. Segundo Padilha, as disputas continuariam normalmente.

– A aliança nacional não passaria por cima das diferenças regionais – resume.

O assunto, entretanto, divide o partido. Os sete governadores mais os ex-governadores Anthony Garotinho (Rio de Janeiro) e Orestes Quércia (São Paulo) se opõem à idéia de aliança. A ala governista, capitaniada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e pelo senador José Sarney (AP), pressionam pela aceitação do convite.