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 | 26/06/2005 12h51min

Patrimônio de publicitário dobra no primeiro ano do governo

Polícia Federal vai pedir a quebra do sigilo bancário das agências

O homem apontado por deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos responsáveis pela distribuição do mensalão dobrou o seu patrimônio durante o primeiro ano do governo Lula. Reportagem divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, neste domingo, dia 26, indica que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza tinha R$ 6,7 milhões em 2003, variação de 76% em relação ao ano anterior. De acordo com a publicação, em 2001, o patrimônio era de R$ 3,3 milhões. No ano seguinte, expandiu-se para R$ 3,8 milhões, um crescimento de 15%.

O crescimento teria ocorrido por causa dos ganhos que suas empresas lhe propiciaram. O governo federal é um dos principais clientes das agências de propaganda de Marcos Valério. São cinco importantes contas: Banco do Brasil, Correios, ministérios do Trabalho e dos Esportes e a estatal Eletronorte.

Essas informações – dados bancários, cartoriais e informações prestadas ao Detran – teriam sido conseguidas pela Folha de São Paulo através de documentos que estão no Supremo Tribunal Federal. Marcos Valério é um dos réus de um processo por improbidade administrativa.  A maior parte do dinheiro e de seus bens estão em nome de sua mulher ou de seus filhos.

A Polícia Federal vai pedir a quebra do sigilo bancário da SMP&B e da DNA Propaganda, agências de publicidade que têm entre seus sócios Marcos Valério.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), divulgado pela revista IstoÉ, informa que as duas empresas sacaram, em espécie, R$ 20,9 milhões entre julho de 2003 e maio deste ano. A PF já está de posse dos documentos do Coaf e deve convocar Valério a depor ainda esta semana.

Com informações do Globo Online.

 
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