| 07/06/2005 14h38min
Dezenas de milhares de pessoas marcharam pela capital da Bolívia, La Paz, nesta terça, dia 7, apesar da oferta de renúncia do presidente Carlos Mesa. Alguns líderes de oposição pedem eleições antecipadas para conter a crise no país. A capital já tem falta de gasolina e alimentos.Há mais de duas semanas a população boliviana protesta para manter a nacionalização das enormes reservas de gás natural do país.
Pela Constituição, o presidente do Senado, senador Hormando Vaca Díez, substituirá Mesa até o final de seu mandato, em 2007, caso o Congresso aceite sua renúncia. Vaca Díez pediu aos manifestantes que suspendam os bloqueios e permitam que o Congresso tome uma decisão sem a pressão das ruas.
Líderes eclesiásticos se reuniram no final de semana com Mesa, líderes parlamentares e com o presidente da Suprema Corte, a fim de superar o impasse político. Eles pediram uma trégua aos manifestantes, mas alguns deputados já acham que eleições antecipadas são a melhor forma de resolver a crise.
Evo Morales, principal líder da oposição e dos indígenas, exigiu a renúncia de Vaca Díez e do presidente da Câmara, mas disse que a nacionalização total dos recursos energéticos continua sendo prioritária.
– Essa crise política não será resolvida apenas com a renúncia do presidente– disse ele.
Mesa está no meio do fogo cruzado entre os índios, que se sentem alienados das riquezas naturais, e a elite branca das ricas províncias do leste, que querem mais autonomia pela contribuição que fazem à economia.
As informações são da agência Reuters.
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