| 06/06/2005 14h05min
O Movimento Ao Socialismo (MAS) da Bolívia pediu nesta segunda, dia 6, a renúncia do presidente do país, Carlos Mesa, e a antecipação das eleições como forma de solucionar a crise política do país.
O chefe do MAS, o líder indígena Evo Morales, lançou a proposta em La Paz, em entrevista coletiva no seu escritório do Congresso Nacional.
Morales exigiu aos presidentes das Câmaras de Senadores e de Deputados que renunciem à sucessão constitucional a que têm direito, em caso da saída do chefe de Estado, para tornar viável uma convocação de eleições gerais.
A solicitação do MAS é feita quando a Conferência Episcopal Boliviana (CEB) tenta uma mediação para resolver a crise política causada pela greve mantida por várias organizações sociais desde meados de maio.
Morales sustentou que a renúncia das autoridades do Executivo e do Legislativo "é a melhor solução" que existe na conjuntura em razão da situação que o país atravessa.
O atual período constitucional da Bolívia se iniciou em agosto de 2002 com a eleição de Gonzalo Sánchez de Lozada como presidente e de Mesa como vice-presidente, para um mandato de cinco anos.
Mesa chegou ao cargo máximo após a saída de Sánchez de Lozada, em outubro de 2003, quando não conseguiu sufocar uma onda de protestos sociais contra o projeto oficial de exportar gás natural aos Estados Unidos.
Segundo o chefe do Movimento Ao Socialismo, devido à nova crise, na Bolívia "não há outro caminho" que a renúncia de Carlos Mesa e a convocação de eleições antecipadas.
Morales afirmou que o governante e os presidentes das duas câmaras legislativas devem renunciar perante a máxima autoridade da Igreja católica, o cardeal Julio Terrazas, para que o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Eduardo Rodríguez, assuma a presidência e convoque eleições gerais.
As informações são da agência EFE.
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