| 03/06/2005 15h26min
O governo da Bolívia retificou na tarde desta sexta, dia 3, o anúncio realizado à imprensa pelo vice-ministro de Justiça, Carlos Alarcón, sobre a renúncia do ministro de Desenvolvimento Econômico, Walter Kreidler. Segundo a nota, Kreidler não apresentou sua renúncia e, portanto, continua exercendo suas funções como autoridade do Estado.
O comunicado da renúncia foi emitido pelo próprio Alarcón, nesta sexta, em anúncio que informava que todos os ministros haviam aceitado o decreto do presidente, Carlos Mesa. O ministro do Desenvolvimento Econômico seria o único a não concordar com a decisão e por isso teria apresentado seu pedido de renúncia. Carlos Alarcón inclusive apontou aos jornalistas que a solicitação de Kreidler tinha sido aceita pelo presidente da República.
A nota da presidência sustenta, no entanto, que o abandono do cargo deve ir acompanhado de uma carta por escrito e deve ser consentido, pela mesma via, pelo governante. De acordo com a nota do governo boliviano, isso não aconteceu.
O ministro de Desenvolvimento Econômico é um empresário da cidade de Santa Cruz, cujos líderes regionais exigiram ao Congresso dar prioridade à consulta sobre autonomia sobre a eleição de constituintes.
A Bolívia vive há vários dias uma onda de mobilizações populares, com manifestações em La Paz e bloqueio de estradas em diferentes pontos do país, para pedir a Assembléia Constituinte.
O presidente Mesa tomou a decisão de convocar por decreto ambos os processos, depois que o Congresso não conseguiu instalar durante três dias uma sessão crucial para analisar esses temas e decidiu adiar suas reuniões até a próxima terça, dia 7.
As informações são da agência EFE.
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