| 09/03/2005 17h05min
O relator da reforma tributária na Câmara, o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), anunciou que houve acordo com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para que o aumento de um ponto percentual no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) seja retroativo ao mês de janeiro.
– Os prefeitos terão três meses a mais nas contas. O governo aceita a retroatividade. O ministro Palocci deu aquela choradinha, mas como precisa da votação conjunta da reforma, ele concordou – relatou Virgílio.
A proposta faz parte da reforma tributária que deverá ser votada no dia 29.
Principal reivindicação dos prefeitos, o aumento do repasse do fundo deverá representar o acréscimo de R$ 1,2 bilhão ao orçamento. Além do aumento no FPM, os prefeitos também reivindicam a elevação de 14,6% para 17,5% na fatia das prefeituras no bolo tributário nacional. O debate sobre a votação da reforma tributária em etapas ganhou força nesta semana com a pressão dos mais de 2 mil prefeitos que participam em Brasília da Marcha Nacional
Durante a reunião com Palocci, os líderes governistas conseguiram o apoio dos governadores e da própria oposição para votar a reforma tributária por inteiro, sem fatiar o texto. A oposição e prefeitos defendiam a aprovação esta semana, em separado, do aumento de 22,5% para 23,5% do repasse do FPM aos municípios.
– Para o governo está descartado o fatiamento. Fatiado, só é bom picanha – enfatizou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PL-RS).
Virgílio Guimarães pretende se reunir nesta quinta-feira com o relator no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), para incluir os pontos acordados no texto durante a reunião realizada nesta quarta no Palácio do Planalto.
As informações são da Agência Brasil.
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