| 05/08/2004 17h43min
Novas acusações contra o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, prometem agitar sua ida ao Senado. Segundo reportagem da revista Veja, publicada na sua edição online nesta quinta, dia 5, Meirelles transferiu dinheiro para doleiros investigados por lavagem de dinheiro.
Meirelles teria enviado US$ 50 mil de uma conta pessoal nos Estados Unidos a doleiros que estão sob investigação por lavagem de dinheiro em 18 de outubro de 2002, quando era deputado federal pelo PSDB de Goiás. A quantia teria saído de uma conta que não consta na declaração de rendimentos daquele ano.
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) disse na tarde desta quinta que as informações publicadas pela Veja não partiram da CPI do Banestado, da qual é presidente. Ele deve ir ao plenário desmentir a informação.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, negou mais uma vez que tenha cometido irregularidade fiscal e informou desconhecer a empresa dos doleiros investigados pela CPI do Banestado. No final da tarde, o Banco Central distribuiu uma nota à imprensa.
• Leia a íntegra da Nota à Imprensa distribuída pela Assessoria de Imprensa do Banco Central (Asimp):
NOTA À IMPRENSA
Em relação à matéria veiculada pela imprensa acerca de movimentação financeira realizada no exterior pelo presidente do Banco Central, cumpre esclarecer:
1. Todos os rendimentos recebidos por Henrique Meirelles nos Estados Unidos têm origem conhecida e foram tributados naquele país. Todos os rendimentos recebidos após o retorno definitivo do presidente do BC ao Brasil foram tributados pelo fisco brasileiro, de acordo com a legislação.
2. Nos Estados Unidos, é comum a realização de pagamentos através do envio de recursos para uma conta bancária indicada pelo recebedor. O caso citado agora foi a-penas mais um entre os inúmeros pagamentos feitos desta maneira por Meirelles du-rante o período em que residiu nos Estados Unidos.
3. O presidente do BC não tinha condições de controlar ou auditar contas bancárias indicadas pelo recebedor. Meirelles, portanto, não conhece a empresa mencionada pela reportagem. Neste momento, não tem como identificar o recebedor do paga-mento específico mencionado na matéria.
4. A conta de Henrique Meirelles citada na reportagem foi ativada em 23 de agosto de 2002 e desativada em 03 de dezembro daquele ano. Por isso, não foi incluída na declaração de bens relativa a 2002, na forma da lei.
5. Todos os bens de propriedade de Henrique Meirelles estão declarados ao fisco brasileiro.
Brasília, 5 de agosto de 2004
Banco Central do Brasil
Assessoria de Imprensa
Com informações da revista Veja e Globo Online.
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