| 17/06/2004 10h03min
Após acumular aumento de 1,6% durante três meses de expansão, o nível de emprego na indústria voltou a cair em abril no país (-0,5% na série contra mês anterior, com ajuste sazonal). Outros indicadores também apontam queda: -0,2% no índice mensal (confronto com abril de 2003), -0,6% no acumulado no ano e -1% no acumulado nos últimos 12 meses. No Rio Grande do Sul a queda no nível de emprego em relação a abril de 2003 foi de 2,2%, resultado atribuído principalmente ao setor de calçados e couro (-8,7%).
Além do Estado, contribuíram para o resultado nacional negativo na comparação com abril do ano passado o desempenho adverso de oito dos 14 locais pesquisados e sete das 18 atividades, com peso maior da indústria de São Paulo (-1,5%), região Sudeste (-1,1%) e Rio de Janeiro (-4,2%). As principais contribuições positivas para o emprego industrial vieram de Minas Gerais (2,8%) e da região Norte e Centro-Oeste (3,8%).
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada nesta quinta, dia 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os setores da indústria nacional as principais influências negativas para o nível de emprego vieram de vestuário (-9,5%), produtos de metal (-7,5%), papel e gráfica (-6,2%) e minerais não-metálicos (-5,7%). Por outro lado, tiveram impacto positivo as contratações efetuadas nos ramos de máquinas e equipamentos (12,5%) e alimentos e bebidas (2,4%), em função do dinamismo na produção.
No indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano, houve suave desaceleração do ritmo de queda nos últimos três meses: –1,1% até fevereiro; –0,8% até março; e –0,6% até abril. No corte regional, as taxas negativas atingem nove locais pesquisados. Destaca-se o fechamento de vagas na região Sudeste (-1,0%), uma vez que São Paulo (-1,4%) e Rio de Janeiro (-4,0%) vêm sendo responsáveis pelos principais impactos negativos no emprego. Também teve influência negativa o Rio Grande do Sul (-2,8%), com queda no número de trabalhadores em 11 atividades, sobretudo a de calçados e couro (-8,7%). A principal contribuição positiva veio de Minas Gerais (3%).
Em abril a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria caiu 2,4% em comparação ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Esta queda é mais intensa que a registrada em março no mesmo indicador (-1,0%). Nos demais indicadores, no entanto, a folha de salários da indústria brasileira apresentou crescimento: 7,9% em relação a abril do ano passado, 8,8% no acumulado do ano e 0,6% no acumulado dos últimos doze meses.
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