| 30/04/2004 09h24min
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Luiz Marinho, afirmou nesta sexta, dia 30, que o novo valor do salário mínimo representa uma frustração para os trabalhadores. Conforme Marinho, o reajuste nem sequer se aproxima da promessa de campanha feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de dobrar o poder aquisitivo do salário mínimo até o final de seu mandato.
– O presidente Lula perdeu uma oportunidade única de conceder um reajuste real para os trabalhadores – afirmou Marinho, que esperava aumento do mínimo para R$ 300.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade Marinho destacou que a CUT vai continuar insistindo para que o governo federal adote uma política que garanta aumentos reais significativos, com valores estabelecidos a partir da elaboração do Orçamento.
Nesta quinta, logo após o anúncio do reajuste do salário mínimo, a CUT divulgou nota criticando o que considera "praticamente nada no bolso
daqueles que sobrevivem dessa remuneração". Conforme a
entidade, o reajuste de R$ 240 para R$ 260 representa aumento real de apenas 1,4% sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor acumulado de abril de 2003 a abril de 2004 (6,84%).
De acordo com a entidade, se os reajustes continuarem neste ritmo, o valor real do salário mínimo só será dobrado em 50 anos. A nota ainda diz que a recomposição do mínimo é feita com "migalhas" que sobram do Orçamento e das emendas orçamentárias dos parlamentares.
A Central Única dos Trabalhadores defende a implementação de um processo de recuperação que garanta, num prazo de 20 anos, um salário mínimo conforme o estabelecido na Constituição Federal – capaz de suprir todas as despesas de uma família de cinco pessoas (que, segundo o Dieese, hoje deveria ser de R$ 1.442,46).
Com informações da Globo Online.
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