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Depois de sofrer duras críticas, tanto por parte de membros do governo como da oposição, o ministro da Previdência, Amir Lando, voltou atrás nesta sexta, dia 19, e disse que o aumento na contribuição previdenciária de empresários e trabalhadores para pagar a correção dos aposentados é apenas uma das hipóteses estudadas pelo governo.
Na quinta-feira, durante encontro com aposentados, Lando sugeriu um reajuste de três pontos percentuais na contribuição do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de patrões e empregados para garantir o pagamento dos valores atrasados de quase dois milhões de aposentadorias concedidas entre 1994 e 1997 e que não foram corrigidas na época. A proposta prevê que o aumento na contribuição vigore pelo prazo de cinco anos.
Nesta sexta, Lando recuou e disse que a proposta é apenas um esboço que ainda será negociado.
– O governo não tem a intenção de aumentar a carga tributária. É apenas o início do debate e estão fazendo tempestade de algo que não é definitivo. E se os aposentados não quiserem esse acordo? E se não desistirem das ações? O que é certo é que há a decisão do governo Lula de pagar a dívida – afirmou.
No entanto, ele também deixou claro que qualquer outra proposta para pagamento da dívida de R$ 12,3 bilhões do INSS com 1,9 milhão de aposentados vai gerar impacto na carga tributária.
Segundo o ministro, há 1,1 milhão de ações na Justiça pedindo a correção da aposentadoria e o governo gastaria R$ 1,9 mil para recorrer em cada processo. Lando disse que o governo vem fazendo um grande esforço para aumentar a arrecadação e combatendo as fraudes na Previdência, mas essas medidas ainda são insuficientes para pagar a conta do reajuste.
O ministro destacou ainda que a dívida não foi feita por este governo e que a sociedade precisava tomar conhecimento de suas proporções.
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