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Testemunha é morta na Bahia depois de falar com relatora da ONU

É a segunda pessoa morta após denunciar grupos de extermínio

Cerca de duas semanas depois de dar seu depoimento à relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para Execuções Sumárias, o mecânico Gerson Jesus Bispo foi morto a tiros nesta quinta, dia 9, em Santo Antônio de Jesus, a 184 quilômetros de Salvador. É o segundo assassinato de uma testemunha após encontro com a relatora Asma Jahangir, que na terça encerrou sua viagem ao Brasil para investigar casos de grupos de extermínio.

– Dois homens numa moto dispararam quatro tiros e foram embora – afirmou uma policial militar da cidade.

O crime aconteceu por volta das 7h30min, quando Jesus Bispo estava indo para o trabalho. Segundo o soldado Ataíde, da agência de inteligência do 14º Batalhão da Polícia Militar, duas pessoas envolvidas indiretamente no homicídio estão detidas. O policial afirmou que "dois marginais da cidade" são os principais suspeitos pelo crime e estão foragidos.

Gerson Jesus Bispo pedia justiça pelo assassinato do irmão Antônio Carlos de Jesus Bispo, morto em 1º de agosto de 2002, supostamente por um grupo de extermínio formado por policiais militares. O caso de Antônio Carlos é citado no relatório Execuções Sumárias no Brasil - 1997 a 2003, lançado no mês passado pela organização Justiça Global e pelo Núcleo de Estudos Negros. A outra testemunha assassinada, Flávio Manoel da Silva, de 24 anos, morreu em Pedras de Fogo, na Paraíba, cinco dias depois de falar com a relatora da ONU.

As informações são da agência Reuters.

 
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