A audiência pública realizada na noite desta terça-feira para apresentar o projeto de duplicação da BR-101, em Araranguá, no Sul catarinense, gerou polêmica. A maior parte do público que lotou o auditório da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) pediu o contorno no município, que prevê a alteração do atual traçado da rodovia. Apoiada pelo Movimento Desvio pela Vida, a alternativa prevê um desvio a Oeste, que teria uma extensão de 5,7 quilômetros. Segundo o chefe do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) no Estado, Roberto Ribas, a obra custaria R$ 10 milhões a mais do que o orçado originalmente, quando o trecho duplicado seguiria o trajeto atual da estrada. Pois é justamente manter a BR-101 no local atual o objetivo de outra parcela da comunidade de Araranguá, apoiada principalmente pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) do município. O público presente à audiência da noite desta terça-feira não chegou a um consenso. O coordenador do movimento Sócios da Natureza, Tadeu Santos, um dos principais defensores do desvio, disse que exigirá um estudo de viabilidade econômica que comprove que o contorno é mais caro do que a obra prevista inicialmente. Roberto Ribas destacou outros pontos que podem ocasionar problemas com a duplicação. Sobre o Rio Araranguá, destacou a argila mole, os recursos hídricos da captação da Lagoa do Caverá e os problemas de ruído. O parecer final sobre a obra caberá ao Isntituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nesta quarta-feira, ocorrerá a segunda audiência pública, desta vez em Laguna.