O governo israelense ameaçou a Síria nesta segunda-feira, dia 11, depois de a guerrilha Hezbollah ter disparado armas antiaéreas que mataram um garoto israelense no norte do Estado judaico. O governo de Israel, porém, afirmou ter esperanças de solucionar a crise por meio dos canais diplomáticos.

O vice-ministro de Defesa do país, Zeev Boim, disse que o Estado judaico responsabiliza a Síria, que possui grande peso na política do Líbano, pelas ações do Hezbollah.

– A Síria é definitivamente o cordão umbilical que alimenta o Hezbollah – afirmou o ministro à Rádio do Exército.

O adolescente de 16 anos da cidade de Shlomi, fronteira de Israel, atingido no domingo, dia 10, foi o primeiro morto em um bombardeio do Hezbollah desde que as forças israelenses se retiraram, em maio de 2000, do sul do Líbano, após 22 anos de ocupação. Aviões de Israel bombardearam baterias antiaéreas na periferia de um vilarejo do sul libanês, no domingo, como retaliação pelo ataque contra Shlomi. E aeronaves israelenses voaram baixo sobre Beirute (capital).

– Se houver uma escalada da violência da parte deles, haverá certamente uma resposta militar de Israel que pode dirigir-se contra alvos sírios – alertou.

Segundo Israel, as investidas foram um "sinal de alerta''. Boim pareceu dar indícios de que, ao menos por enquanto, o Estado judaico não planeja novas ações militares. Na capital libanesa, o Hezbollah ameaçou atacar novamente se Israel retornar ao espaço aéreo do país árabe. O nível de tensão ao longo da fronteira aumentou depois de o grupo, que também recebe dinheiro do Irã e controla do sul do Líbano, ter, na sexta-feira, dia 8, disparado foguetes e morteiros contra um posto militar de Israel em uma área fronteiriça sob disputa.

As informações são da agência Reuters.