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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira, dia 8, que o muro que Israel está construindo em torno da Cisjordânia é "um problema", porque dificulta a criação de um Estado palestino com continuidade territorial.
Israel diz que a barreira – que em alguns pontos é um muro de concreto, em outros uma cerca de metal – serve para impedir a entrada no país de militantes suicidas da Cisjordânia que preparam atentados. Os palestinos descrevem a obra como um novo "Muro de Berlim", que avança sobre território palestino e pode vir a definir as futuras fronteiras.
Em sua fazenda no Texas, Bush enunciou os argumentos contra o muro que apresentou ao primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, no mês passado.
– Eu disse que a cerca é um problema porque serpenteia pela Cisjordânia e torna incrivelmente difícil o desenvolvimento de um Estado contíguo ao longo do tempo – afirmou.
O governo dos EUA gostaria que Israel abortasse a construção do muro, mas está disposto a negociar e, por isso, já identificou os trechos da obra que considera problemáticos. Segundo a edição de sexta-feira do jornal The New York Times, Israel está disposto a não construir esses segmentos até chegar a um acordo com Washington.
Na terça-feira, dia 5, autoridades norte-americanas disseram que uma opção para pressionar Israel é reduzir a garantir de empréstimos deUS$ 9 bilhões que a Casa Branca ofereceu ao país para projetos habitacionais e comerciais. Mas elas insistiram que nenhuma decisão foi tomada e que parte da oposição democrata no Congresso pode ser opor à medida.
Dois militantes do grupo Hamas e um soldado israelense morreram na sexta-feira numa incursão de Israel no campo de refugiados de Askar, em Nablus, Cisjordânia. O Hamas prometeu vingar o ataque, mas se comprometeu a manter o cessar-fogo instituído há um mês.
As informações são da agência Reuters.
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