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A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva piorou em seu sétimo mês de mandato, acompanhada de uma queda das expectativas dos brasileiros sobre o Executivo. Mas a popularidade de Lula resiste e é considerada elevada, mostrou uma pesquisa divulgada nesta terça, dia 15.
A avaliação positiva da administração petista caiu de 51,6% em maio (levantamento anterior) para 46,3% em julho, enquanto a negativa subiu de 7,2% para 10,3%, segundo pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A avaliação regular oscilou de 35,7% em maio para 38,8% este mês.
– Houve uma queda (na percepção) do governo Lula, mas a avaliação do presidente continua estável e ainda é alta – avaliou Clésio Andrade, presidente da CNT.
A oscilação da popularidade de Lula ficou dentro da margem de erro do levantamento, variando de 78% em maio para 77,6% em julho. Como nos meses anteriores, Andrade reforçou que o carisma do presidente é o ingrediente principal de sua receita de sucesso.
Já a equipe de Lula não se saiu tão bem. A avaliação positiva sobre o Executivo federal caiu de 52,6% em maio para 47,9% este mês.
De acordo com Andrade, a queda na avaliação do governo pode ser explicada pela preocupação com a demora na aprovação das reformas previdenciária e tributária no Congresso e a lentidão na retomada do crescimento econômico e do emprego no país.
Os entrevistados acreditam, em média, que o problema da falta de empregos levará cerca de 23 meses para ser solucionado.
A culpa pelo alto índice de desemprego, no entanto, é do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, segundo a avaliação dos entrevistados: 41,4% deles acreditam que FH é o responsável pelo problema. Lula teria responsabilidade no assunto para apenas 6,1%.
A esperança em relação ao governo esmoreceu, uma vez que a expectativa do brasileiro de que o presidente irá realizar um bom governo caiu 4,4 pontos percentuais, passando de 15,2% em maio para 10,9% em julho. Na mesma medida, menos pessoas acreditam que as promessas de campanha de Lula serão cumpridas: em maio, 62% dos entrevistados acreditavam no cumprimento das metas, caindo para 58,6% em julho.
Com a queda no entusiasmo nacional, a Igreja aparece como a instituição em que os brasileiros mais confiam. De acordo com a pesquisa, a Igreja foi citada por 44,3% dos entrevistados no quesito confiança, seguida pelas Forças Armadas (12%) e pela imprensa (11,7%). O Congresso Nacional foi a instituição que recebeu menos votos de confiança da lista, citada por apenas 1,5%.
De acordo com a pesquisa, a grande maioria dos brasileiros considera que tem motivos para reclamar da carga tributária. O estudo revelou que 83,5% dos entrevistados acredita que paga muitos impostos e 81,4% crê que o dinheiro arrecadado é mal empregado.
O Instituto Sensus entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 9 e 11 de julho, em 195 municípios das cinco regiões brasileiras.
Este é o quinto levantamento divulgado pela CNT no governo Lula. Pela metodologia, na faixa até 10% e acima de 90%, a margem de erro é de 1 ponto percentual. Na faixa de 10% a 30%, ela é de 2 pontos e de 30% a 70% é de 3 pontos percentuais.
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