O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta segunda, dia 14, da reunião da Cúpula da Governança Progressista com 14 chefes de Estado para tratar de questões voltadas para uma reforma social aliada à democracia e ao desenvolvimento dos países mais pobres. A reunião é fechada à imprensa e ocorre no Hotel Pennyhill Park, no Country Club, na cidade de Bracknell, na região de Surrey.

Lula deve voltar a falar no mesmo tom dado no último domingo, dia 13, em seu discurso no encerramento da Conferência da Governança Progressista, quando afirmou que os Estados Unidos e os países ricos devem ajudar os países em desenvolvimento, aplicando dinheiro no combate a doenças, educação e criando condições estruturais para o crescimento dos países pobres.

Nesta segunda, dia 14, Lula discutiu com os presidente do Chile, Ricardo Lago, e da Argentina, Nestor Kirchner, questões referentes ao Mecosul. Eles decidiram realizar uma reunião extraordinária em 60 dias para debater medidas para ampliar a integração entre os países do bloco e melhorar as relações com a União Européia. Lula firmou que se as negociações com os Estados Unidos para implementação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), em 2005, não chegarem a um bom termo, o Brasil vai repassar a discussão à Organização Mundial do Comércio (OMC), na reunião de Cancun, em setembro.

– A posição do Brasil não mudou perante a Alca. Existe um calendário para ser cumprido, a discussão está na mesa. O Brasil tem posições definidas em relação à Alca. Os Estados Unidos querem levar todas as coisas que lhe interessam para a OMC e nós também levaremos, a não ser que haja mudança no comportamento dos EUA em relação a este assunto – declarou o presidente brasileiro.

Nesta segunda, a última atividade do presidente Lula, em Londres, antes da partida para Madri, é a palestra pública que ele concede na Universidade London School, um dos principais Centros de Estudos políticos e Econômicos do mundo. Lá também já esteve o presidente Fernando Henrique Cardoso. Na Escola de Londres, já passaram grandes nomes, desde que foi fundada em 1895. Entre ex-alunos e professores da London School, 13 já ganharam o prêmio Nobel e cerca de 30 atuais ou ex-chefes de estado de todo o mundo também já trabalharam ou estudaram na universidade.

A presença de Lula despertou interesse de forma que a universidade teve que transferir a palestra do presidente de um teatro com capacidade para 500 pessoas, para outro com mil cadeiras. Quem não conseguir lugar, poderá acompanhar a palestra de um telão instalado em uma sala ao lado.

As informações são da agência Brasil.