O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, disse nesta quinta, dia 10, que qualquer negociação ou acordo sobre a reforma da Previdência vai depender da anuência dos governadores.

– Eu quero, em nome do governo, de forma oficial, por determinação do presidente Lula, que está viajando para o Exterior, deixar claro que qualquer negociação ou acordo com relação à reforma da Previdência, só será feita pelo governo após consulta e anuência dos governadores e das governadoras – disse Dirceu, durante anúncio dos resultados da safra agrícola 2002/2003, no Palácio do Planalto.

O ministro, no entanto, não informou  quando haverá nova reunião com os governadores para discutir alterações no texto da reforma.

Proposta apresentada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Maurício Corrêa, vem ganhando força e foram brm aceitas pelos líderes dos partidos na Câmara. Pelo novo acordo, acabaria o teto de R$ 2,4 mil e os servidores públicos se aposentariam com salário integral. A idade mínima para aposentadoria aumentaria de 55 para 60 anos (mulheres) e de 60 para 65 anos (homens).

Mais cedo, em Lisboa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que cabe ao Congresso brasileiro a árdua tarefa de dar forma final às reformas da Previdência e tributária. Lula admitiu que as propostas enviadas pelo governo ao Legislativo são, em certos pontos, controvertidas.