| 08/07/2003 21h41min
Os protestos contra o projeto do governo de reforma da Previdência mobilizaram servidores na Capital e no interior do Estado, nesta terça, dia 8. A paralisação atingiu serviços federais em diversas localidades, fechando escolas, postos de saúde e repartições públicas.
Em Porto Alegre, centenas de trabalhadores protestaram no Largo Glênio Peres. Liderados pela CUT e por sindicatos de servidores federais, os servidores não conseguiram lotar o calçadão em frente do Mercado Público, mas a manifestação teve pontos fortes como o discurso da deputada federal Luciana Genro (PT), ameaçada de expulsão do partido, e do presidente estadual da CUT, Quintino Severo, que foi vaiado pela multidão. Ele tentou explicar, em vão, que estava do lado dos trabalhadores. O sindicalista pertence à ala majoritária da CUT que concorda com a manutenção do projeto do governo desde que o texto seja modificado por meio de emendas.
Contra as expectativas, a manifestação não conseguiu angariar adesão total e fechar as portas de todos os órgãos públicos. No Estado, somente os postos de atendimento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pararam totalmente. Foro Central, Polícia Federal, Delegacia Regional do Trabalho e escolas estaduais pararam parcialmente. O resto funcionou como em dias normais. Funcionários da Polícia Federal realizaram um protesto solitário em frente ao prédio onde trabalham, na Avenida Paraná, na Capital. A categoria paralisou suas atividades nesta terça, mas preferiu não participar do ato da CUT.
Pelotas, no sul do Estado, foi uma das cidades gaúchas mais atingidas pela mobilização. Funcionários federais, estaduais e municipais aderiram à paralisação. Quatro categorias estão em greve por tempo indeterminado no município. Em Santo Ângelo, professores estaduais pararam. A mobilização da Receita Federal, que está atendendo casos emergenciais, se encerra nesta quarta.
Em Passo Fundo, a paralisação recebeu adesão de servidores da Justiça Estadual, Justiça Federal, da Justiça do Trabalho, da Polícia Federal, da Polícia Civil, da Previdência Social, dos professores estaduais, das Receitas Federal e Estadual, do Ministério Público e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Em Rio Grande, pouco mais da metade dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social aderiu à paralisação por tempo indeterminado.
Em Santana do Livramento a paralisação atingiu os órgãos públicos. Foram colocados cartazes e faixas contra a reforma na frente dos prédios. Em Uruguaiana, os funcionários deram um abraço simbólico no prédio do Instituto Nacional do Seguro Social e distribuíram bananas para as pessoas que passavam pela manifestação. Na maior parte dos municípios, os serviços que paralisaram nesta terça retornam às atividades nesta quarta, dia 9.
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