Ainda que com um índice inferior ao nacional, de 4,1%, o Rio Grande do Sul teve em fevereiro um crescimento de 3,7% na produção industrial na comparação com o segundo mês de 2002. O setor mecânico, com forte alta de 9,4%, foi o principal responsável pela configuração do indicador no ambiente gaúcho. No Brasil, sete de 12 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram desempenhos positivos. O destaque foi o Estado do Espírito Santo, onde se apurou uma variação de 25%.

Os indicadores da produção industrial do Rio Grande do Sul mostraram, em fevereiro, crescimento nas principais comparações. No acumulado do ano, a alta alcança 2,6% e nos últimos 12 meses, 4,1%.

Do total de 19 ramos pesquisados, 11 cresceram. De acordo com o IBGE o setor de bens de capital voltado para a agricultura tem impulsionado a indústria local, influenciando, principalmente, a mecânica, que no acumulado dos dois primeiros meses de 2003 aponta para um crescimento de 5,4%, com a fabricação de tratores agrícolas. Na avaliação restrita ao mês de fevereiro, material elétrico e de comunicações (14,4%) e mobiliário (18,8%) se destacam. Por outro lado, vestuário e calçados (-6,6%), têxtil (-14,3%) e química (-1,6%) representaram os principais impactos negativos no índice geral.

Embora tenham sido influenciados pelo maior número de dias úteis em fevereiro (20 neste ano contra 18 do ano passado), os resultados do indicador mensal mostraram que a boa performance da extração de petróleo, juntamente com o desempenho favorável das exportações e da agroindústria, sustentaram o crescimento da produção industrial. 

Na pesquisa apresentada nesta quarta, dia 16, pelo IBGE, nota-se ainda que o indicador acumulado para o período janeiro-fevereiro registrou crescimento em oito das 12 áreas pesquisadas. A liderança do desempenho regional coube à indústria do Espírito Santo (20,6%), seguida por Paraná (8,7%), Rio de Janeiro (5,2%), Pernambuco (4,0%), região Sul (3,7%) e Ceará (3,4%). Abaixo da marca de 3,4% de crescimento assinalada para o total do país, figuraram as indústrias paulista (3,1%) e gaúcha (2,6%). Na contramão, quedas foram observadas na Bahia (-3,8%), Minas Gerais (-0,8%), região Nordeste (-0,3%) e Santa Catarina (-0,3%).

No indicador acumulado dos últimos 12 meses, 10 dos 12 locais pesquisados aceleraram o ritmo de produção industrial entre janeiro e fevereiro. Os movimentos mais acentuados ocorreram no Ceará, que passou de 1,0% em janeiro para 2,7% em fevereiro, e no Espírito Santo (de 14,8% para 16,4%).