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Uma proposta de transformar a Chapecó Alimentos em uma cooperativa, composta pelos 4,5 mil funcionários e 1,7 mil integrados, foi entregue nesta segunda, dia 17, ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O documento foi encaminhado pelo prefeito de Chapecó e presidente da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc), Pedro Uczai.
A proposta foi analisada por uma consultoria e aprovada pelos prefeitos e representantes sindicais dos funcionários e avicultores. Uczai também esteve reunido com a direção da Chapecó Alimentos, para discutir as alternativas encaminhadas.
Ele afirmou que caso a cooperativa não seja aprovada, a tendência é de apoio à proposta do grupo francês Dreyfuss. Uczai disse que existem ainda outros grupos interessados, mas a maioria quer apenas algumas unidades. O presidente da Amosc considera importante manter a unidade e marca da Chapecó Alimentos, que possui indústrias frigoríficas em Cascavel (PR), Santa Rosa (RS), Xaxim e Chapecó.
Nesta terça, o prefeito deve realizar uma audiência no BNDES para conhecer mais detalhadamente as propostas. Enquanto isso, a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc) e o Sindicato dos Criadores de Aves (Sincravesc) estão preparando um ato público para quarta, a partir das 14 horas, em frente a praça Coronel Bertaso, em Chapecó. O objetivo é garantir o pagamento das dívidas da empresa com os integrados e a normalização da entrega de ração.
Mais de 500 mil aves de integrados da Chapecó Alimentos já morreram nos últimos oito meses por falta de ração, somente no município de Marema. O cálculo é do prefeito do município do oeste, Airton José Tedesco. Somente na segunda foram enterradas cerca de 25 mil aves e na terça devem ser enterradas mais 25 mil.
Duas retroescavadeiras foram disponibilizadas exclusivamente para enterrar animais. O diretor de obras, Nelci Zilli, disse que não consegue atender os pedidos. O município tem cerca de 100 aviários de integração com a Chapecó Alimentos, e todos enfrentam problemas.
A situação se agravou nos últimos 15 dias. O prefeito Airton Tedesco está solicitando inclusive a presença dos órgãos ambientais para responsabilizem os culpados pela morte dos animais. Tedesco afirmou que até os atendimentos no posto de saúde dobraram em virtude do mau cheiro e o manuseio de animais mortos.
Ele estima que a perda econômica para o município vai ficar entre 10 e 12% da arrecadação. A direção da Chapecó Alimentos foi contactada, mas não deu retorno às ligações da reportagem do Diário Catarinense.
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