| 17/02/2003 16h03min
Alegando preferir provar a própria inocência nas acusações de ser o mentor do esquema de grampo telefônico realizado na Bahia, o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL/BA) desistiu de assumir a Presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. ACM afirmou que a medida é temporária e servirá para evitar constrangimentos aos correlegionários pefelistas. O cacique baiano garantiu que a decisão permanecerá até o fim do inquérito sobre os grampos clandestinos. A eleição do novo presidente da comissão ocorre nesta quarta. O senador Edson Lobão (PFL-MA) deve ser o indicado.
Os grampos telefônicos teriam atingido cerca de 200 pessoas. ACM afirmou que a apuração do caso mostrará que ele é "vítima e não réu''. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), afirmou que seu colega da Bahia contará com a "peremptória solidariedade'' do partido.
Mais cedo, o líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pelegrino (BA), havia defendido a desistência de Antônio Carlos Magalhães da presidência da CCJ. Para o petista, já existem indícios suficientes para uma investigação por quebra de decoro parlamentar. Pellegrino argumentou que ACM já teria se valido de escutas telefônicas para tentar evitar a eleição do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para a primeira-secretaria da Câmara. Ele contou que durante a eleição da Mesa Diretora, o senador teria distribuído dossiês contra seu rival político.
Antônio Carlos Magalhães apoiou a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República e conseguiu, depois de ter sido novamente eleito para o Congresso, ser indicado pelo PFL para presidir a segunda mais importante comissão do Senado.
Em 2002, o senador baiano renunciou ao mandato após o escândalo da violação do painel do Congresso, evitando a cassação e perda dos direitos políticos.
Com informações da Globo News e da agência Reuters.
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