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Os políticos baianos que tiveram seus telefones grampeados dizem estar convictos de que o cerco ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) está se fechando. Nesta terça, dia 18, o ex-deputado Benito Gama (PMDB-BA) e o primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), deverão ingressar com uma ação contra o governo baiano por responsabilidade na escuta clandestina em seus telefones.
Outro governista que encontrou seu telefone na lista de grampos foi o vereador baiano Anailton Leite Ferreira (PFL). Ele disse que prestou queixa à polícia e que entrará com ação por danos morais assim que as investigações apontarem o responsável pela escuta clandestina.
Principal acusado no escândalo dos grampos telefônicos na Bahia, o senador Antonio Carlos Magalhães voltou a ter seu nome envolvido em denúncias de arapongagem no final de semana. Desta vez as denúncias não partiram de inimigos políticos do cacique baiano, mas sim de uma ex-namorada. As novas denúncias colocam mais uma vez em risco o mandato do senador.
Em declarações às revistas Veja e Época desta semana, a advogada baiana Adriana Barreto, de 30 anos, uma das pessoas que tiveram seus telefones grampeados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia, assume pela primeira vez seu antigo relacionamento com ACM e afirma que o senador não se conformou com o fim do romance.
À Veja, Adriana contou que durante quase uma década foi namorada de ACM e que, um ano depois do fim do relacionamento, ela e o atual marido, o também advogado Plácido Faria, começaram a ser seguidos, fotografados e espionados pelo senador. À Época, o casal afirma que o próprio senador anunciou o grampo que seria feito.
No início de 2003, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso das escutas clandestinas na Bahia. Até agora, já se sabe que foram feitos 232 pedidos de grampo em 126 telefones, entre outubro de 2001 e setembro de 2002.
Entre as vítimas estão políticos de vários partidos, mas também atingirão cidadãos comuns. Segundo a Época, é pouco provável que as pessoas sem notoriedade tenham sido espionadas. Acredita-se que boa parte delas foi incluída no rol para despistar os telefones que realmente importavam, como os dos deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) - inimigo de ACM - e Nelson Pellegrino, líder do PT na Câmara, além do aparelho do ex-deputado do PMDB Benito Gama.
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