| 13/02/2003 10h22min
Empresários que integram o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) cobraram do governo nesta quinta, dia 13, agilidade na apresentação das reformas ao Congresso. Para eles, não se pode perder um só dia na reformulação dos sistemas previdenciário e tributário nacionais.
O industrial Jorge Gerdau Johannpeter, do grupo Gerdau, defendeu a prioridade para a reforma previdenciária, acreditando que ela terá como resultado a queda do dólar e a maior oferta de crédito.
– A reforma é peça-chave para restabelecer a poupança no país – disse Johannpeter antes da cerimônia de instalação do CDES, no Palácio do Planalto. – Já estamos atrasados. Cada dia que passa é importante.
O presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Raimundo Magliano, também vê urgência na reforma da Previdência porque reduzirá o déficit das contas públicas e, por consequência, diminuirá o risco Brasil, o dólar e os juros.
– Com isso, vai haver margem para retomada do crescimento econômico – afirmou Magliano.
O empresário Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, acredita que as reformas tributária e previdenciária têm a mesma urgência, mas quer também a conclusão da reforma administrativa. – O governo precisa encaminhar algo de forma rápida. Acho que o governo tem tocar tudo ao mesmo tempo – declarou.
Após a cerimônia de instalação, com discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os membros do CDES farão a primeira reunião de trabalho. Os ministros da Previdência, Ricardo Berzoini, da Fazenda, Antônio Palocci, e do Trabalho, Jaques Wagner, apresentarão diagnósticos das respectivas áreas. As informações são da agência Reuters.
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