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O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, indicou neste domingo, dia 26, que o governo Lula vai procurar adotar uma postura mais autônoma em relação ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Palocci se encontrou com a vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, num quarto de hospital na cidade suíça onde se realiza o Fórum Econômico Mundial. Meirelles se recupera de uma cirurgia no tornozelo, quebrado após uma queda.
Na conversa, o ministro deixou claro à representante do Fundo que o governo vai promover um ajuste fiscal consistente, com ênfase nas questões sociais. Palocci adiantou que o aumento da meta de superávit primário, hoje em 3,75% do Produto Interno Bruto, deve ser anunciado antes de fevereiro, quando está agendada uma visita da equipe do FMI ao Brasil.
A autonomia, explicou o ministro, se estende aos parâmetros estruturais que constam da atual versão que está no memorando técnico de entendimento que o governo Fernando Henrique Cardoso negociou com o órgão. Por exemplo, o governo não vai apressar a discussão sobre reforma tributária só para atender ao FMI.
Na terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá encontrar-se com o diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, em Paris. Em fevereiro, embarca para o Brasil a missão técnica do Fundo, que deverá analisar os dados da economia brasileira no quarto trimestre de 2002 e traçar as metas deste ano. Essa revisão do acordo está sendo aguardada pelos analistas econômicos como um importante teste do novo governo.
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