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O tamanho do aperto nos gastos do governo que os brasileiros enfrentarão neste ano será conhecido dentro de "semanas", disse nesta quinta, dia 23, em Porto Alegre, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Ele antecipou que o compromisso com o ajuste fiscal não se limita à necessidade dos US$ 24 bilhões previstos para este ano no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo Palocci, mesmo depois que acabar o contrato com o Fundo, o Brasil tem de fazer superávit primário devido às dívidas.
O primeiro contato do novo ministro da Fazenda com os empresários gaúchos ocorreu na sede da Federação das Associações Empresariais (Federasul). Presente no encontro, o governador Germano Rigotto defendeu as reformas, garantindo que se não forem feitas, os Estados acabarão pagando a conta.
Palocci pediu "participação ativa" de empresários, trabalhadores e governantes na discussão das mudanças e reformas
necessárias ao país, que vão
exigir "medidas corajosas e ousadia política". O ministro comentou ainda o aumento na taxa de juros, promovido na quarta-feira pelo Banco Central. Segundo ele o Comitê de Política Monetária precisou tomar esta atitude para ajustar a taxa de inflação à meta em um período mais longo, a fim de atenuar os efeitos recessivos na economia.
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