| 23/01/2003 16h17min
A terceira edição do Fórum Social Mundial já começou. Na tarde desta quinta-feira, dia 23, uma solenidade para a imprensa, organizadores e autoridades no centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, deu início às milhares de atividades que modificam a rotina da capital gaúcha até o dia 28 de janeiro. A decisão de mudar a sede no próximo ano para a Índia e a participação de representantes governamentais no evento dominaram os primeiros e empolgados discursos do encontro.
O representante nacional do comitê organizador do Fórum Social Mundial Francisco Whitaker, ao abrir oficialmente o evento, não poupou agradecimentos à população de Porto Alegre e às autoridades locais. Para o representante das ONGs que organizam as atividades do eixo central do encontro das esquerdas, a recepção da cidade nas três edições impulsionou o crescimento do evento, que hoje ele já considera um movimento mundial.
– A consolidação do Fórum em Porto Alegre fez com que o comitê internacional decidisse expandir o movimento pelo mundo – disse.
A representante do comitê internacional deu a mesma explicação. Nijoki Njorobe, da África, agradeceu a hospitalidade dos porto-alegrenses, mas explicou que a solidariedade deve se espalhar.
Seremos eternamente gratos a Porto Alegre e voltaremos em 2005 – afirmou.
Apesar de lamentar a transferência da sede, o prefeito João Verle afirmou que entende a decisão e que a cidade já está se preparando para receber o encontro em 2005. Verle ainda ressaltou as discussões realizadas no 3º Fórum de Autoridades Locais, que terminou nesta quarta, sobre a defesa da paz mundial. Para o prefeito, a participação de autoridades públicas no Fórum Social – este ano é a primeira vez que a organização admite essa possibilidade – não deve ser criticada:
– Sou cada vez mais contra sermos contra as autoridades, porque cada vez teremos menos autoridades contra o povo.
O governador do Estado, Germano Rigotto, que participa pela primeira vez das atividades, também saudou os organizadores pela escolha da Capital e do Estado para receber as três primeiras edições do FSM e afirmou que se a decisão de realizar o encontro na Índia em 2004 for modificada, o Rio Grande do Sul estará de portas abertas para receber os participantes.
– Se isso não acontecer, estaremos aguardando em 2005.
Já o representante da Presidência da República na solenidade, o secretário Geral da Presidência, Luiz Dulci, lembrou da importância de se realizar o Fórum no Brasil neste ano em que o povo escolheu democraticamente um governo preocupado com o social. Antes de fazer o pronunciamento, a platéia gritou empolgada o nome do presidente da República Lula, contrariando as expectativas de que o presidente seria vaiado na passagem por Porto Alegre – Lula chega nesta quinta na Capital e faz pronunciamento nesta sexta no Anfiteatro Pôr-do-Sol – por ter decidido ir também ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Dulci agradeceu o convite e transmitiu o orgulho do governo federal em participar de um encontro que é prioritariamente organizado e dedicado a organizações da sociedade civil.
Estiveram presentes na solenidade parlamentares, ministros do governo federal e representantes de organizações da sociedade civil.
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