Seminários para 15 mil pessoas, praças de alimentação que servem 3 mil refeições por dia e mais de três centenas de salas para reuniões e oficinas. É com esta estrutura que Porto Alegre vai receber os 100 mil participantes do 3º Fórum Social Mundial. Estarão na Capital gaúcha, entre os dias 23 e 28 de janeiro, 30 mil delegados de 5,5 mil organizações de 126 países. A organização do evento conta com 100 pessoas auxiliadas por cerca de 600 voluntários.

A solenidade de início do Fórum será às 14h desta quinta, dia 23, no auditório do Centro de Eventos no prédio 42 da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) com as presenças de membros do Comitê Organizador e do Conselho Internacional, além governador do Estado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, do prefeito de Porto Alegre, João Verle, e do presidente da região Toscana (Itália), Claudio Martini.

Às 18h, está prevista a Marcha de Abertura, que sairá do Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público Central, rumo ao Anfiteatro do Pôr-do-Sol. A marcha terá como lema "a construção de um outro mundo é possível, contra a militarização e a guerra". No percurso, dezenas de grupos artísticos estarão mesclados à multidão fazendo intervenções de reivindicações e exprimindo a diversidade que marca o processo de mundialização do encontro.

As duas maiores delegações são a brasileira, com cerca de 19,5 mil delegados de 3,4 mil organizações, e a dos Estados Unidos, com 1,1 mil delegados de 230 organizações. A França (com cerca de 150 organizações e 700 delegados), a Itália (150 organizações e 600 delegados), a Argentina (120 organizações e 750 delegados), o Uruguai (56 organizações e 700 participantes) também estarão presentes no evento. Alguns países, como Vaticano e Zâmbia, enviarão um delegado e lugares distantes como as Ilhas Fiji (uma organização e nove delegados), Togo (quatro delegados) e Nepal (sete organizações e 13 delegados) também estarão representados.

A descentralização das atividades em quatro pontos da cidade amplia as características de megaevento do Fórum Social Mundial de 2003, o terceiro que é realizado em Porto Alegre. Neste ano, incorporaram-se à PUCRS, o Ginásio Gigantinho, os armazéns do Cais do Porto e uma nova área do Parque da Harmonia, onde está instalado o Acampamento da Juventude.

Nesta edição, o FSM oferecerá deslocamento até os pontos dos seminários e eventos, praças de alimentação, segurança e outras facilidades. Haverá espaço para reuniões de pequenos grupos e para grandes seminários, como no Ginásio Gigantinho, com capacidade para 15 mil pessoas.

Sete grandes mapas da cidade estarão espalhados pelos locais do Fórum Social. Quem quiser informações sobre a programação, terá ainda dois postos de informação no Gigantinho e um na PUCRS. A prefeitura de Porto Alegre implantou linhas específicas de ônibus para a PUCRS e para o Gigantinho. Esses ônibus especiais têm ar-condicionado e a passagem custa R$ 1,25. No caso do Gigantinho, como não há vagas de estacionamento para todos, a opção é ir de ônibus, lotação ou táxi e andar um pequeno trecho a pé.

Devido ao grande número de participantes, implantou-se um esquema especial para atender às necessidades de alimentação. A Rede de Economia Solidária, que serve alimentos orgânicos e ecológicos, está preparada para servir até 3 mil refeições diárias na PUCRS e atender ao público numa área de mil metros quadrados, ao lado do Gigantinho. No Acampamento Internacional da Juventude, também conhecido como Cidade das Cidades, 70 estabelecimentos estarão à disposição do público. No Cais do Porto, duas praças de alimentação atenderão aos participantes.

A segurança do evento será feita pela Brigada Militar e Polícia Civil. Mas haverá também segurança patrimonial, como no Gigantinho, onde 60 homens trabalharão para evitar furtos e roubos. Estandes para ONGs e movimentos sociais serão montados no Gigantinho (180) e no Cais do Porto (200).

Quem quiser utilizar computador com Internet e software livre terá cem terminais à disposição no Acampamento da Juventude. Já a Central de Imprensa, que funcionará na PUCRS, oferecerá 160 computadores e 50 pontos para lap-top aos jornalistas. Dois cybercafés, com 25 terminais cada um, completam o leque de opções para quem estiver na PUCRS.

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