| 13/05/2008 04h10min
O pequeno tremor de terra sentido em Pequim mexeu também com uma gaúcha de Passo Fundo que há dois anos e meio se mudou para a cidade por causa do marido, que trabalha em uma multinacional. A dentista Greice Webber, 30 anos, estudava na sala do seu apartamento, que fica no 23º andar de um prédio, no bairro Chaoyang, quando começou a sentir "náuseas".
— Foi como se eu estive em um barco. Eu achei que era eu. Mas aí olhei para cima e vi que o lustre estava balançado — relembra.
Em seguida, a porta interna, entre a cozinha e a sala, começou a abrir e fechar sozinha. Greice achou que o tremor iria passar rápido, mas "foram dois minutos". Como a situação não melhorava, ela — e outros moradores dos andares mais altos do prédio, a maioria estrangeiros — desceram, pelas escadas, até o térreo.
— Eu me apavorei, para ser bem sincera, porque nunca tinha passado por uma experiência dessas — confessa a gaúcha.
Do lado de fora do prédio, já havia bastante gente. Foi só lá que a dentista e as outras pessoas receberam a notícia de que havia ocorrido um terremoto de larga escala, em outra região do país, e que Pequim tinha sentido apenas a sua propagação.
Segundo ela, quem mora nos andares mais baixos, "não sentiu nada".
A espera do lado de fora do prédio durou cerca de uma hora. Depois disso, mais tranqüilos, os moradores começaram a voltar para os apartamentos. Mais tarde, um boato, de que poderia haver um novo tremor à noite, acabou deixando a gaúcha um pouco preocupada, mas as previsões acabaram não se confirmando.
O marido de Greice, que trabalhava no momento do tremor, também
não sentiu nenhum efeito porque estava em um andar térreo.
O primeiro-secretário da embaixada do Brasil na China, Celso França, disse não haver registros de brasileiros mortos ou feridos no terremoto.
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