O craque argentino Diego Armando Maradona não seria capaz de dirigir um time de futebol como o Napoli ou o Boca Juniors, segundo a opinião de seu filho, Diego Maradona Junior. Durante uma entrevista ao canal italiano Sky Sport 1, o jovem atacante de 21 anos, que já jogou no Napoli mirim, admitiu que seu pai ainda enfrenta problemas com as drogas e não é mais uma pessoa equilibrada como antes.

— Infelizmente, não acredito que ele esteja em condições de gerenciar um cargo importante em algum clube, seja o Napoli ou o Boca Juniors, porque, infelizmente, e vocês já sabem, ele é dependente químico há muitos anos — disse Maradona Junior.

O filho de Maradona disse que não sabe se ele poderá voltar um dia ao mundo do futebol, mas espera que "isso aconteça quando ele puder fazer algo bom", por exemplo para o clube italiano Napoli, onde Maradona cativou eternamente os torcedores e acabou ganhando prestígio internacional.

— Não sei dizer se ele pode voltar. Ele não é mais uma pessoa centrada e acredito que, para ser um dirigente, é preciso, a cada dia, muito equilíbrio e segurança.

Segundo Maradona Junior, não existe nenhum contato entre os dois e, por isso, ele não sabe se existe alguma novidade em sua história com as drogas.

— Não vivo junto com ele.

O jovem argentino disse ainda que sua má relação com os filhos pode ser uma das fontes de dificuldade:

— Curar-se fisicamente não significa melhorar psicologicamente. Deixando-me um pouco de lado, ele tem uma outra filha de 10 anos que se chama Gianna e que ele nunca viu. Acho que, enquanto ele não reatar os laços com os filhos, ele nunca será um homem capaz de fazer o bem.

Sobre as possíveis semelhanças com o pai, Maradona Junior foi bastante duro e claro:

— A minha maior batalha é me separar de sua imagem, acho que tenho muito valor, como jogador e como homem. Acho que somos duas pessoas distintas e quero demonstrar que sou um garoto normal, não um extraterrestre, como ele o era. Eu tenho que treinar todo dia e demonstrar a todos que posso valer algo para um campeonato.