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 | 07/02/2008 00h38min

Gallo reclama de quase tudo, mas agradece o empate

Treinador alvinegro se queixou do campo e da arbitragem em Tubarão

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

Um empate com o lanterna do campeonato, na maioria das vezes, não parece ser um bom resultado para o favorito. Mas, quando tudo deu errado para o Figueirense nesta quarta-feira, o técnico Alexandre Gallo chegou a agradecer e comemorar o placar finalizado em 3 a 3 com o Cidade Azul. Empate conseguido com muito suor pelo alvinegro, em um gol de Cleiton Xavier aos 45 minutos do segundo tempo.

Gallo reclamou. Nem tanto de seus jogadores. Admitiu que o time não foi bem em campo, mas o foco do seu descontentamento foi externo à equipe. Em entrevista coletiva após o término da partida, o técnico demonstrou irritação com o gramado e, principalmente, com as interpretações da arbitragem comandada por João Fernando da Silva.

— Jogamos muito mal, tivemos um dia ruim. Tomamos gols de uma maneira que não estamos acostumados. O campo estava muito ruim. Foi um jogo físico, o adversário jogou no limite e nós estivemos muito abaixo tecnicamente. No 2 a 2, o juiz deixou de dar uma falta decisiva para a gente na risca da área, aí complica, complica porque decide — queixou-se o técnico.

O técnico ficou extremamente preocupado com a quantidade de cartões tomados pelo Figueirense — 6 amarelos, para Diogo, César, Carlinhos, Rodrigo Fabri, Felipe Santana e Cleiton Xavier, além de um vermelho para o goleiro Wilson. 

O descontentamento de Gallo teve uma boa justificativa: domingo é dia de clássico contra o Avaí, na Ressacada, e jogadores que são peças fundamentais do elenco — como César, Carlinhos e Wilson — estarão cumprindo suspensão. Mesmo assumindo a responsabilidade pelo mau desempenho da equipe, ao comentar sobre o número de cartões o técnico mais uma vez não dirigiu suas queixas ao comportamento dos jogadores em campo.

— Os cartões chegaram a ser engraçados. Eu tenho que achar graça disso. Todos os jogadores que estavam pendurados tomaram cartão. O Asprilla só não tomou porque eu tirei ele no primeiro tempo. Não dá para ver o Felipe Santana, um jogador importante, tomar cartão sem ter feito nada, sem ter falado nada. Eu não posso falar mais que isso, porque qualquer outra coisa que eu fale vai parecer uma transferência de responsabilidade. E a responsabilidade é toda minha, estamos todos muito cientes do que aconteceu. 

Apesar de todo o quadro negro da partida, Gallo ainda encontrou pontos positivos para serem transformados em otimismo. Afinal, apesar do empate com o lanterna do Catarinense, todo o grupo precisa de muita motivação para a vitória no clássico de domingo, válido pela 8ª rodada do Catarinense.

— Vamos comemorar este empate, porque temos que considerar que deu tudo tão errado pra gente, que temos de vibrar pelo ponto conquistado. Eles (o Cidade Azul) estão de parabéns, se superaram, fizeram um jogo muito físico. O nosso time vai se encaixar, percebemos que o grupo está se dedicando e dando o máximo em campo. Infelizmente deu tudo errado e felizmente ainda conseguimos o empate. Estamos otimistas e vamos trabalhar muito para o clássico de domingo.

O Figueirense volta a entrar em campo no dia 10 de fevereiro, às 18h10min, contra o arqui-rival e líder do Catarinense, Avaí, que estará jogando em casa, na Ressacada.  Com o empate nesta sétima rodada contra o Cidade Azul, o Figueira continua invicto, com 3 vitórias, 3 empates e a manutenção da terceira posição do campeonato.

 
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