| 04/01/2008 07h35min
Um grupo de cinco investigadores britânicos da Scotland Yard chegou hoje a Islamabad para tentar esclarecer o assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, segundo fonte diplomática.
A equipe se reunirá em breve com representantes do Ministério de Interior. Ainda não sa sabe quanto tempo os investigadores permanecerão no Paquistão para investigar a morte de Benazir, disse uma fonte da missão diplomática britânica em Islamabad, citada pelo canal de TV Dawn.
O grupo da Polícia Metropolitana Antiterrorista britânica deixou o aeroporto sem falar à imprensa. O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, anunciou na quarta-feira passada a ajuda da Scotland Yard na investigação do atentado. Ele afirmou ainda a sua convicção de que os responsáveis são os líderes radicais paquistaneses Fazlullah e Baitullah Mehsud,
supostamente ligados à rede terrorista Al Qaeda.
Musharraf também considerou sem fundamentos as acusações que Benazir
deixou por escrito. Ela apontou o presidente como
responsável pela sua morte, por ignorar as advertências de que membros dos serviços de inteligência queriam matá-la. O Partido Popular do Paquistão (PPP), que era liderado por Benazir, não se conforma com a investigação da Scotland Yard e exige uma missão da ONU. O modelo apontado é a comissão sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri. Mas Estados Unidos e França são contra a idéia, por não haver suspeitas de envolvimento de outro país.
— Não confiamos nas investigações governamentais, que podem confundir as pessoas e o nosso partido — disse hoje à Efe um membro do PPP em Karachi, Naveed Shad.
Benazir foi alvo de ataque na cidade de Rawalpindi, onde acabava de pronunciar um discurso para seus partidários
Foto: EFE
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