| 03/01/2008 16h23min
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, assegurou nesta quinta-feira que "ninguém do governo ou de suas agências está envolvido" no atentado contra o líder opositora Benazir Bhutto, como sugeriu o partido da ex-premier.
— Nenhuma organização de inteligência do Paquistão é capaz de doutrinar um homem para se explodir — afirmou Musharraf em um comparecimento à imprensa estrangeira em Islamabad.
Somente "certas pessoas" são doutrináveis e capazes de executar um ataque suicida, acrescentou. Segundo Musharraf, os que mataram Benazir "são os mesmos" que nos últimos três meses atentaram em 19 ocasiões contra soldados e agentes de inteligência paquistaneses, por isso considerou uma "brincadeira" acreditar que atentariam contra suas próprias fileiras.
Ao mesmo tempo, o presidente reconheceu que não está "completamente satisfeito" com a investigação realizada pelo governo e que esta foi a razão pela qual pediu na quarta-feira a ajuda de especialistas
britânicos.
Musharraf disse
confiar em que a participação da Scotland Yard na investigação acabará com "qualquer suspeita de envolvimento oficial" no atentado. Ele também negou que o governo ou suas agências de inteligência tenham tentado "ocultar" o ocorrido a Benazir, responsabilizando a própria ex-primeira-ministra de sua morte por não ter tomado as medidas de segurança recomendadas a ela.
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