| 27/12/2007 16h54min
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, declarou três dias de luto pela morte da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto num atentado cometido nesta quinta-feira na cidade de Rawalpindi, perto de Islamabad. Numa breve mensagem televisionada à nação, Musharraf classificou a morte de Bhutto como uma "grande tragédia nacional", segundo a agência estatal APP.
Musharraf expressou suas condolências aos membros da família da líder opositora, vários dos quais foram citados nominalmente, e, "em especial", aos filhos da ex-primeira-ministra.
— Peço a todo o país que não descanse em paz até que acabemos com toda esta violência — declarou ele, que ordenou que as forças de segurança entrassem em estado de alerta em todo o Paquistão.
O presidente paquistanês também pediu que a população tenha "coragem" para enfrentar a situação. Além disso, deu seus pêsames às famílias dos outros mortos no ataque — 20, segundo fontes policiais.
Antes de seu
discurso, Musharraf convocou uma reunião de
emergência para analisar a situação, da qual também participou o primeiro-ministro interino, Mohammad mian Soomro, e na qual se esperava que fosse estudada a conveniência de as eleições legislativas continuarem marcadas para 8 de janeiro. No entanto, em seu curto pronunciamento, Musharraf não fez nenhuma referência ao pleito.
Benazir morreu nesta quinta-feira, no segundo atentado contra sua pessoa desde que deixou o exílio e retornou ao Paquistão, há 71 dias. A ex-primeira-ministra e líder do Partido Popular do Paquistão (PPP) tinha acabado de participar de um comício pré-eleitoral quando foi baleada no pescoço por seu assassino, que, pouco depois, detonou o explosivo que trazia consigo.
Musharraf: "Peço a todo o país que não descanse em paz até que acabemos com toda esta violência"
Foto:
EFE
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