| 16/12/2002 10h57min
O ministro da Agricultura anunciado pelo governo eleito, Roberto Rodrigues, não escondeu a admiração pelo atual ocupante da pasta, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, ao anunciar que dará em 2003 continuidade ao trabalho do gaúcho:
– Ele (Pratini) foi um ás que conseguiu colocar o Brasil numa posição importante nas discussões da OMC, da Alca e da União Européia com o Mercosul.
Durante todo o discurso apresentado em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, Rodrigues prometeu acentuar a relação internacional do mercado produtor brasileiro. O engenheiro agrônomo de 60 anos foi incisivo ao afirmar que o país não pode cerrar as portas para a Aliança de Livre Comércio das Américas (Alca). O ministro do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva combateu, entretanto, o protencionismo concedido aos produtores agrícolas de Estados Unidos e Canadá.
– Precisamos cuidar muito bem da negociação, não podemos fechar a porta, mas só aceitar a Alca na medida em que haja redução do protencionismo agrícola – analisou.
Roberto Rodrigues destacou que a transferência parcial e paulatina do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do Banco do Brasil para o sistema de crédito cooperativo será um forte instrumento para os programas de assentamento rural. A medida, segundo ele, viabilizará o repasse de recursos ao pequeno produtor.
Para o futuro ministro, a questão do emprego dos produtos transgênicos será determinada pelo mercado. Rodrigues, porém, foi cauteloso ao cobrar um estudo científico que comprove que o sistema de transgenia não afeta saúde pública nem a saúde animal.
– É preciso que haja uma flexibilização da legislação para que não sejamos marginalizado de mercados em crescimento – finalizou.
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