| 13/12/2002 19h11min
A composição de todo o ministério de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será conhecida até a próxima semana. A promessa é do presidente eleito, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta, dia 13, quando nomeou quatro novos ministros: o embaixador do Brasil em Londres, Celso Amorim, à frente do Ministério das Relações Exterior, o presidente da Associação Brasileira de Agrobusiness, Roberto Rodrigues, no Ministério da Agricultura, o presidente do Conselho de Administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e a senadora Marina Silva (PT-AC) para o Meio Ambiente. Lula afirmou que concederá nova entrevista para anunciar os demais titulares do ministério.
Nesta quinta, Lula já havia indicado o ex-presidente do PT, José Dirceu, para a Casa Civil e o ex-presidente mundial do BankBoston, Henrique Meirelles, para a presidência do Banco Central (BC). O futuro ministro da Fazenda, Antonio Palocci, já havia sido anunciado em viagem a Washington. Na ocasião, o presidente eleito também havia indicado Marina para o Meio Ambiente, mas seu nome não havia sido divulgado oficialmente.
– Ontem (quinta), ao anunciar José Dirceu e Henrique Meirelles, esqueci de referendar o nome de Marina. Telefonei a ela para explicar que não fora destituída, o que ocorreu foi apenas um lapso –, desculpou-se Lula.
O presidente eleito disse que no seu mandato as dificuldades serão enfrentadas de forma coletiva e solidária. Também enfatizou que a política será do governo e não individual e pediu da equipe ousadia e agressividade no combate à fome e à corrupção. Lula ainda garantiu que não está sofrendo pressões do partido ou da sociedade para indicar ministros.
– Continuo na fase paz e amor para montar o governo –, brincou Lula, ao fazer uma referência ao Lulinha paz e amor da campanha presidencial.
Todos os novos ministros agradeceram a Lula a indicação. Amorim afirmou que trabalhará na política externa alinhado às políticas do próximo governo. O futuro ministro da Agricultura garantiu que fará uma gestão voltada à inserção do setor no Exterior, a fim de criar emprego e renda no Brasil, e que irá trabalhar para a preservação do ambiente. Furlan, que há 40 anos atua no setor privado, afirmou que irá se descompatibilizar dos cagos.
– Eu gosto de jogar em equipe, e para ganhar, afirmou o futuro titular do Ministério do Desenvolvimento, ao garantir que irá trabalhar na modernização do setor de produção brasileiro, especialmente a indústria.
Marina disse que o desenvolvimento sustentável é o principal desafio para o futuro governo, "nestes anos de mudança, que compatibilizarão crescimento econômico e melhoria das condições de vida das pessoas com sutentabilidade ambiental", disse. A senadora lembrou que para que esse objetivo seja alcançado é preciso que haja participação de toda a sociedade.
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