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Uma reunião de cúpula entre março e maio do ano que vem, como parte de uma agenda comum entre Brasil e Estados Unidos, foi a proposta que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez nesta terça, dia 10, ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro no Salão Oval da Casa Branca.
Aparentemente, Bush quer realizar o encontro no Brasil, pois disse que não gosta muito de viajar nem aprecia esse tipo de evento, mas que, nesse caso, gostaria de abrir uma exceção.
Ao sair da reunião no Salão Oval da Casa Branca, Lula disse que o encontro esteve "muito acima da expectativa". E acrescentou que o Brasil precisa ser "mais ousado" em suas "relações com o mundo". De acordo com o presidente eleito Bush teria prometeu ajuda no combate à fome, e Lula pediu também empenho no restabelecimento das linhas de crédito para o Brasil, embora reconhecendo que isso não depende só do governo americano.
O presidente americano respondeu que, a partir de janeiro, os EUA acompanharão de perto as decisões do novo governo brasileiro na área econômica e poderão participar do esforço para a restituição das linhas de crédito. O presidente eleito disse que Bush propôs uma agenda comum entre os dois governos.
Mais tarde, o porta-voz André Singer explicou que a idéia é que o encontro já comece a ser organizado, mas que a época proposta por Bush é a primavera. O presidente americano demonstrou pressa na formação do grupo de trabalho para estruturar o encontro. Lula disse que os dois conversaram sobre o programa Fome Zero, um tema que, segundo ele, "tem recebido solidariedade de todas as pessoas" com quem tem falado depois das eleições.
À noite, um jantar oferecido pelo embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa, deu a Lula oportunidade de prosseguir nas negociações com várias personalidades norte-americanas para reconquistar a confiança dos investidores internacionais e incentivá-los a consolidar seus negócios no Brasil.
Cerca de 40 pessoas participaram do jantar, entre altos executivos financeiros, como o vice-presidente do Citibank, Bill Rhodes, que representou os credores nos acordos de negociações da dívida interna brasileira entre os anos 80 e 90, representantes da indústria norte-americana com interesses no Brasil, funcionários graduados do governo Bush, como o presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, R. Glen Huhubbard, e o chefe da Assessoria de Planejamento Político do Departamento de Estado.
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