| 30/11/2002 16h52min
Cautelosamente, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva vai mexendo as peças que acabarão por revelar o ministério que o ajudará a governar o Brasil a partir de janeiro de 2003. Além das três pastas para as quais já há definição – os petistas José Dirceu (Casa Civil), Antônio Pallocci (Fazenda) e Cristovam Buarque (Educação) –, Lula já teria os nomes dos titulares para mais sete pastas.
Os sete prováveis ministros são o advogado Márcio Thomaz Bastos (Justiça), o ex-presidenciável do PPS, Ciro Gomes, o dirigente empresarial Roberto Rodrigues (Agricultura), a senadora Marina Silva (Meio Ambiente), o deputado federal Jaques Wagner (Trabalho), o ex-deputado federal Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) e o governador gaúcho, Olívio Dutra (Integração Regional).
Advogado de Lula, Thomaz Bastos já não demonstra mais a mesma resistência ao cargo de ministro da Justiça. Esteve com Lula nos últimos dias para discutir o formato e as propostas da pasta. Lula disse a auxiliares que o advogado será seu ministro. Apesar da dúvida sobre a conveniência de nomear um candidato que derrotou nas urnas, a tendência de Lula é colocar Ciro Gomes (PPS) na Previdência.
O presidente eleito acha que Ciro foi generoso ao lhe dar apoio no segundo turno, não criando, por exemplo, as mesmas dificuldades que o ex-governador Anthony Garotinho (PSB). Para contentar um setor ao qual pretende dar mais impulso exportador, o presidente eleito deve nomear Roberto Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), para a Agricultura.
A fim de atender à região amazônica, às ONGs ambientais e ao governador Jorge Viana (PT-AC), Lula deverá nomear a senadora Marina Silva (PT-AC) para o Meio Ambiente. Ele acha que será um símbolo para o ministério, por ser uma mulher de origem humilde, combativa e bem vista internacionalmente. Com um desempenho surpreendente na eleição baiana, o deputado federal Jaques Wagner (PT-BA) deverá ser o ministro do Trabalho. Sindicalista e moderado, é próximo a Lula.
Coordenador adjunto da equipe de transição, Gushiken é um dos auxiliares mais ligados a Lula. O presidente eleito deseja que ele comande uma área que julga um campo minado: a Secretaria de Comunicação de Governo. A pasta, que tem status de ministério, cuida da publicidade federal, alvo dos interesses dos veículos de comunicação e das agências de publicidade.
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