| 23/05/2007 12h47min
O líder do PDT, Miro Teixeira (RJ), disse ao sair de reunião na casa do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que o presidente convocou a reunião para que os líderes partidários discutissem formas de enfrentar os seguidos escândalos de corrupção envolvendo os três poderes da República.
Segundo Miro, Chinaglia começou a reunião questionando o motivo de tantas denúncias de corrupção. Ele pediu aos líderes propostas para coibir a corrupção. Para Miro, as denúncias ficaram mais evidentes agora porque o regime democrático permite a divulgação das informações.
– Na ditadura havia isso e não era divulgado (...) Vamos discutir que providências o Brasil precisa tomar para ter uma vida digna. Os cidadãos comuns sobrevivem com seu dinheiro, por que quando as pessoas vêm para o setor público tem corrupção? – questionou Miro.
O líder do PDT disse ter sugerido um combate firme à sonegação de impostos e regras mais duras que impeçam as
empresas suspeitas de negociar com o
setor público. Perguntado se o fim do foro privilegiado para autoridades não seria uma proposta positiva nesse sentido, Miro disse que a medida só tem sentido depois que o crime já foi praticado.
– Precisamos evitar que ele aconteça – afirmou.
O líder do PDT também não acredita que a instituição do financiamento público de campanha coíba as relações espúrias de políticos com empresas. Para ele, o político recorre a esse tipo de esquema ilícito “porque é ladrão", não por falta de recursos.
Sobre a possibilidade de criação de uma CPI para investigar o esquema desvendado pela Operação Navalha da Polícia Federal, Miro disse que ainda não há ambiente político para isso.
Segundo o deputado, um líder questionou na reunião o papel dos tribunais de contas dos Estados nesses escândalos, argumentando que eles estão sempre a reboque das denúncias feitas por órgãos como a Polícia Federal. Ou seja, não estariam servindo para nada, nas palavras
dele.
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