| 04/05/2007 17h00min
Gravações divulgadas pelo Jornal Hoje nesta sexta podem indicar que o ministro Paulo Medina, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pode estar envolvido em outros casos de venda de sentenças além do divulgado durante as investigações da Operação Furacão. Segundo o telejornal, o STJ vai começar a analisar o que a Polícia Federal já descobriu sobre o ministro Paulo Medina, que está afastado do tribunal. As investigações revelam que além de favorecer a máfia dos caça-níqueis, o ministro e o irmão, o advogado Virgílio Medina, teriam negociado outras decisões judiciais.
Em um dos casos, eles teriam ajudado um grande banco que respondia a uma ação no STJ. Segundo a polícia, antes do julgamento o ministro Medina se reuniu com o irmão e os advogados da instituição financeira. Virgílio foi pessoalmente a Brasília para tratar do caso. Em uma conversa gravada, ele combina a viagem com o advogado Alexandre Baptista Pitta Lima, que defendia o banco. Na hora do julgamento, o ministro Paulo Medina
decidiu a favor
da instituição bancária.
As conversas gravadas também mostram que o desembargador Carreira Alvim, um dos presos, desconfiava que estava sendo investigado. Acusado de vender decisões judiciais, ele passou a usar um novo telefone. Em uma das escutas Carreira Alvim aparece conversando com outra pessoa enquanto espera uma ligação. Na gravação o desembargador faz um comentário de que não acredita que vai ser desmascarado. "Me pegar por corrupção, eles não vão pegar nunca!"
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