| 02/04/2007 14h45min
O procurador da Justiça Militar, Giovanni Rattacaso, requisitará nesta tarde a abertura de inquérito para identificar os controladores de vôo que paralisaram o tráfego aéreo na sexta-feira passada, provocando atrasos e cancelamentos de vôos em vários aeroportos do país. Conforme o site G1, Rattacaso disse que houve quebra de hierarquia e do código militar. Se os controladores forem denunciados, responderão criminalmente à Justiça Militar.
O prazo para a investigação é de 40 dias. O documento precisa ser assinado pelos quatro integrantes do Ministério Público Militar (MPM) para ser entregue ao comandante do Centro de Controle do Trafego Aéreo (Cindacta), que designará um oficial para investigação.
O procurador disse que a ação do Ministério Público Militar não atinge o acordo fechado entre o governo e os controladores, que garantiu a retomada dos serviços em troca da garantia de que nenhum grevista será punido pelo Comando da Aeronáutica.
Os
oficiais militares responsáveis pelo
comando dos Cindacta de todo o país já deixaram suas funções. Eles teriam se sentido desautorizados pela decisão do governo de negociar com os controladores de vôo.
Desde sábado, controladores civis estão assumindo as chefias imediatas do controle aéreo. Conforme o assessor de Comunicação e ex-presidente da Associação dos Controladores de Vôo de Brasília, José Ulisses Fontenelle, os supervisores de equipe dos controladores estão assumindo a parte operacional do controle aéreo, mas a parte administrativa e de logística permanecem com os militares.
Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a greve da categoria. Ele convocou o ministro da Defesa, Waldir Pires, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, para debater a crise. Lula pediu à Aeronáutica um levantamento completo da situação de equipamentos e das condições de trabalho no setor.
Um novo encontro deve ocorrer à tarde, quando será preparada a estratégia do governo para a
rodada de discussões com os
operadores de vôo, que começará amanhã.
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