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 | 20/03/2007 18h43min

Sem convites, Brasil troca ranking por convocação no tênis

Novo formato abre espaço para a entrada de Gustavo Kuerten no Pan

Diferente do que chegou a ser pleiteado pela Confederação Brasileira de Tênis, o Brasil terá exatamente o limite máximo de vagas para cada país nos Jogos Pan-americanos. Na divulgação do regulamento do esporte no evento no Rio-2007, feita nesta terça em São Paulo, Paulo Moriguti, dirigente da entidade e gerente de competição do Pan, confirmou que o país terá três tenistas na chave de simples, sem o benefício de ter mais competidores com convites da organização, apesar de ser o país-sede.

Moriguti revelou uma mudança no critério para escolha dos representantes brasileiros na modalidade. Em vez de utilizar o ranking, como anunciado em agosto do ano passado, a CBT optou por utilizá-lo como referência, mas a definição dos nomes caberá mesmo à entidade.

– Os nossos comitês, masculino e feminino, irão fazer a convocação da equipe. Como o Brasil já tem a vaga garantida, isso independe do ranking – explicou o dirigente.

Assim, o novo formato abre espaço para a entrada de Gustavo Kuerten no Pan. Atual 670º do mundo e 22º melhor colocado do país na relação da ATP, Guga teria muita dificuldade para obter a vaga se fosse considerado apenas o ranking. Por isso, a tentativa inicial foi obter mais vagas para os brasileiros através de convites, mas a Confederação Pan-americana de Tênis frustrou esta alternativa.

– O Brasil não seria favorecido pelos convites pelo fato de o regulamento prever no máximo a participação de três jogadores por país na chave. O Brasil por ser país-sede já tem as três vagas garantidas, então ele não pode, através de convites, receber mais vagas – resumiu Moriguti.

Com isso, a opção foi mudar a forma como serão definidos os representantes na chave, adotando uma convocação através do comitê definido pela CBT.

Por ser país-sede, o Brasil poderá inscrever no máximo oito atletas até o dia 13 de abril, sendo quatro no masculino e quatro no feminino. No dia 22 de junho, o país deverá descartar dois e apontar no máximo três homens e três mulheres para as chaves de simples, tendo que inscrever suas duplas utilizando atletas que disputarão os torneios individuais.

Já as vagas dos outros países dependerão dos rankings da ATP e do WTA do dia 11 de junho para determinar o sistema de entrada nas chaves. No total, serão 48 tenistas na chave masculina (sendo 42 por entrada direta e seis convidados) e 32 na feminina (28 automáticas e quatro por convite).

Com o anúncio que não terá a participação aumentada por meio de wild cards, que serão destinados aos países que não tiverem atingido a cota máxima de atletas, o Brasil optou por mudar a sua forma de definição dos representantes. Se fosse levado em conta apenas o ranking, as vagas ficariam hoje com Flávio Saretta (102º), Thiago Alves (119º) e Ricardo Mello (127º).

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