| 20/03/2007 15h33min
Nesta terça-feira, a 115 dias do início dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, a Confederação Brasileira de Tênis deu um prognóstico nada animador para a realização da modalidade no evento. De acordo com a própria entidade, a sede escolhida para abrigar os tenistas na competição ainda não está nem próxima das condições ideais, precisando ainda passar por reformas para atender às exigências da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa).
Em evento realizado em São Paulo, a confederação explicou que todas as nove quadras do Marapendi Country Club, no Rio de Janeiro, estão fora dos padrões especificados para o Pan. Segundo Paulo Moriguti, superintendente da CBT, os espaços escolhidos estão sem as dimensões obrigatórias e fora da posição geográfica determinada.
– No Clube Marapendi, nós vamos ter quadras de competição e quadras de treinamento – explicou Moriguti, designado como gerente de competição do Pan.
– Nós vamos deixar somente três quadras do jeito que estão para treinamento. Vamos eliminar as seis que estão incorretas, fazendo duas corretas e fazendo mais três provisórias – explicou.
No total, a sede original do tênis irá contar com cinco quadras em condições regulamentares para o Pan. Ainda assim, o clube não comportará todos os tenistas, que terão ainda a opção de treinar na academia Rio Sports Center – que também não conta com a quantidade necessária de quadras oficiais para treinamentos.
Por isso, o próprio Moriguti explicou que a academia receberá mais quatro quadras novas, contando ainda com três espaços cobertos em medidas oficiais.
– As que estão lá vão permanecer, não vão ser mexidas. Foi disponibilizado um espaço para serem construídas mais quatro quadras que vão ser cedidas para a federação do estado do Rio de Janeiro (FTERJ) – disse o dirigente.
Por conta do baixo número de quadras, entre outros problemas, a organização do tênis no Pan optou por mudar as datas da realização dos torneios. Anteriormente, tanto homens e mulheres iriam disputar as chaves entre 15 e 22 de julho, mas a indisponibilidade logística forçou um desmembramento das chaves: agora, as mulheres jogam entre os dias 18 e 22 de julho, enquanto os homens entram em quadra entre os dias 23 e 28.
– Anteriormente eram três (quadras). Agora com a reformulação, são cinco. Ainda fica inviável a realização dos dois naipes no mesmo período. Não tem como – explicou o superintendente, que também confirmou um outro problema para os jogos dos homens na data original, conforme já havia esclarecido Jorge Lacerda, presidente da CBT.
– O masculino, se fosse realizado de 15 a 22, ia coincidir com a data de realização da repescagem do zonal americano (da Copa Davis). Nós teremos vários países nos jogos que vão estar nessa repescagem – lembrou.
Satisfeito, o diretor do torneio comemora a mudança, que deverá atrair mais público e deixar seu esporte mais tempo na mídia, uma vez que o tênis terá transmissão ao vivo das partidas, sem ser prejudicado pelo pouco espaço disponível para o jogo.
– A gente desmembrou, colocou o feminino na primeira semana e em seguida o masculino, que não choca com nenhuma dessas datas, e dá pra realizar perfeitamente as duas competições com esse número de quadras que nós vamos ter disponíveis – explicou Paulo Moriguti.
Apesar do aval positivo do superintendente da CBT para as reformas, o presidente da entidade lembra que o prazo para as reformas é curto.
– A gente precisa começar ontem – advertiu Jorge Lacerda da Rosa, sem fazer menção ao custo das obras.
– Precisamos de, no mínimo, cem dias. A pressão está grande de todos os
lados – concluiu.
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