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 | 25/01/2007 16h41min

Especialistas defendem energias renováveis no Fórum de Davos

Aquecimento global tem pautado o encontro na Suíça

Os países industrializados e em desenvolvimento devem aumentar a eficiência energética e as fontes de energia renováveis diante das evidências de mudança climática, afirmaram nesta quinta vários especialistas que participam do Fórum Econômico Mundial (FEM) em Davos.

Diante dos riscos iminentes para o ser humano, como prováveis problemas de fornecimento de água potável ou o aumento do nível do mar, o diretor do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley (EUA), Steve Chu, afirmou que a "ciência deve entrar em ação", particularmente através do desenvolvimento de biocombustíveis.

O impacto da mudança climática sobre as sociedades e as economias foi reconhecido pelos líderes empresariais esta semana em Davos e também pelos EUA, um dos países mais reticentes em aplicar o Protocolo de Kyoto (vigente desde 2005) sob o argumento de que prejudicaria sua indústria.

Os Estados Unidos são os maiores emissores de dióxido de carbono do mundo, a principal causa do aquecimento do planeta, com quantidades que chegam a 24 toneladas per capita por ano, em comparação das quatro toneladas da China e das duas da Índia.

No entanto, o ritmo de crescimento destas duas últimas economias permite prever que suas emissões também aumentarão rapidamente.

Representantes da Índia e da China presentes na sessão do Fórum de Davos que tratou da mudança climática disseram que, embora seus países realizem esforços ambientais, não estão dispostos a sacrificar seu desenvolvimento para solucionar uma situação provocada pelos países industrializados.

– É necessário reconhecer que os países em desenvolvimento contribuíram muito pouco para este problema, de modo que não podem ser impostos limites – afirmou o vice-presidente da Comissão de Planejamento da Índia, Montek Ahluwalia.

Apesar disto, disse que seu Governo se esforça para alcançar "tecnologias limpas" que permitam reduzir as emissões de dióxido de carbono e afirmou que a energia nuclear aparece entre estas alternativas.

Representando a China, o vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento, Zhan Xiaoqiang, afirmou que seu país está interessado em "desenvolver energias limpas e políticas favoráveis ao meio ambiente" e, como exemplo, afirmou que realizou a maior campanha de reflorestamento do mundo.

Além disso, disse que Pequim traçou o objetivo de reduzir em 20% as emissões entre 2005 e 2010 – embora na rodada de perguntas seu otimismo tenha aumentado e o levou a afirmar que se poderia chegar a 50% – e se propôs a aumentar em 16% o uso de energias renováveis para 2020.

O presidente da Assembléia da Califórnia, Fabian Núñez, destacou as medidas em favor do meio ambiente que foram adotadas por este estado e disse que esperava que, após as próximas eleições presidenciais em seu país, os EUA assumam a liderança nesta questão.

Núñez afirmou que a Califórnia aplica um plano que permitirá que, reduza suas emissões de dióxido de carbono até 2020 para os níveis de 1990.

EFE
 
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